Livro – O psicanalista na pólis: ética, política e produção subjetiva

O psicanalista na pólis: ética, política e produção subjetiva

Uma pergunta deve nos habitar sempre: qual seria o papel do analista diante do que a política estabelece como regra? Sendo a psicanálise o que tem a ver com o inconsciente, com a posição não instintual do ser humano e contra tudo que paralisa o sujeito por conta de repressões intensas – como diz Freud, ao escrever, em seu texto de 1908, sobre a moral sexual cultural –, a prática da psicanálise claramente é contrária a toda e qualquer forma de extremismo, não podendo ser passiva em relação a tudo aquilo que padroniza, reprime em demasia ou marginaliza os corpos e subjetividades; não pode se adaptar e aceitar as produções discursivas que proporcionem a fertilização de discursos de ódio e a destruição do único espaço que o sujeito tem para ser: o laço social, a cultura, a relação com o outro. O psicanalista é, com isso, literalmente, um defensor contumaz da democracia, da singularidade e da produção de caminhos que tornem possíveis as convivências com o diferente.

          Esse livro é organizado por Rosane de A. Costa e conta com a produção dos co-autores: Alessandra L. B. Milezi, Ana Paula Brandão Rocha, Andrei S. R. de Albuquerque, Enzo Pizzimenti, Giovanni W. M. de Oliveira, Ivan Ramos Estevão, Julia L.de U. Revelles, Julia R. da S. Mendonça, Lucas Monteiro Silva, Maycon R. da S. Torres, Márcia C. Penteado C. F. Vasques, Marcio Garrit, Pedro V. M. dos Santos, Tatiana Pequeno da Silva, Victor L. S. Rosa e Zeno G. de Souza Neto