A civilização pós-edipiana
A civilização pós-edipiana
Em A civilização pós-edipiana, Moustapha Safouan nos convida a percorrer os escombros do Édipo para pensar o que ainda sustenta o laço social. Se Freud encontrou no mito a estrutura de uma tragédia que inaugurava a lei, Safouan examina o presente e pergunta: que lei nos resta quando o Nome-do-Pai se dilui em doadores de esperma e contratos de reprodução?
Com estilo certeiro e sem nostalgia, o autor traça um arco que vai do parentesco arcaico às tecnologias contemporâneas de fabricação de filhos, do templo ao mercado, da socialização familiar ao individualismo neoliberal. A psicanálise, lembra Safouan, nasceu na era em que o Édipo funcionou como coluna vertebral da cultura; mas que lugar ela pode ocupar agora, quando o Google tornou-se confessor universal e a demanda substituiu o desejo?
Este livro é menos uma lamentação sobre a perda do pai e mais uma elaboração sobre o preço que pagamos ao abdicar da referência simbólica que organiza o desejo. Safouan mostra que o declínio da função paterna não elimina a castração, apenas a deixa à deriva – e, nesse vácuo, o sujeito se expõe ao império das identificações imaginárias, ao gozo sem limite, ao risco de anomia.
Leitura indispensável para psicanalistas, filósofos e todos que se interrogam sobre o destino da subjetividade, A civilização pós-edipiana nos lembra que, mesmo num mundo em que tudo se compra, o desejo continua a escapar à lógica do mercado – e é aí, nesse resto indomável, que a psicanálise ainda encontra sua razão de ser.
Com estilo certeiro e sem nostalgia, o autor traça um arco que vai do parentesco arcaico às tecnologias contemporâneas de fabricação de filhos, do templo ao mercado, da socialização familiar ao individualismo neoliberal. A psicanálise, lembra Safouan, nasceu na era em que o Édipo funcionou como coluna vertebral da cultura; mas que lugar ela pode ocupar agora, quando o Google tornou-se confessor universal e a demanda substituiu o desejo?
Este livro é menos uma lamentação sobre a perda do pai e mais uma elaboração sobre o preço que pagamos ao abdicar da referência simbólica que organiza o desejo. Safouan mostra que o declínio da função paterna não elimina a castração, apenas a deixa à deriva – e, nesse vácuo, o sujeito se expõe ao império das identificações imaginárias, ao gozo sem limite, ao risco de anomia.
Leitura indispensável para psicanalistas, filósofos e todos que se interrogam sobre o destino da subjetividade, A civilização pós-edipiana nos lembra que, mesmo num mundo em que tudo se compra, o desejo continua a escapar à lógica do mercado – e é aí, nesse resto indomável, que a psicanálise ainda encontra sua razão de ser.
*Em pré-venda (*envios a partir de novembro)